O prazer é todo deles: A vida secreta dos jovens astros e influencers da “pornografia amadora”

Num dia quente e úmido da cidade de Manaus, o jovem Saimon recebeu uma proposta inusitada. Enquanto se distraía, uma notificação pulou em seu celular, lhe oferecendo 500 reais por algumas cuecas usadas. Cuecas estas que não passavam de 30 reais quando adquiridas pela primeira vez. 

Apesar de bizarro, esse dia não passava de um dia como qualquer outro na vida do jovem. Com apenas 19 anos, o manauara é o retrato de uma das novas realidades da juventude: Saimon (que optou por não ter seu sobrenome revelado), é como um influenciador digital de conteúdo adulto. Em outras palavras, recebe rios de dinheiro para se expor pela internet, exibir seu corpo e suas relações sexuais em sites como OnlyFans, Just For Fans e nas redes sociais, especialmente no Twitter – na qual a nudez ainda é mais tolerada. 

É nessa hora que surge Roscariano, nome pelo qual é reconhecido virtualmente, e que representa seu personagem ambicioso e destemido, inspirado no seu interesse pelo mundo geek e da literatura. “O Rosca mostra a sexualidade, o tesão, tudo aquilo que o Saimon jamais seria. É como se fosse o meu alter-ego”, explica ele. 

Receita do sucesso

Nos quatro cantos do país, vários rapazes, principalmente no meio LGBT+, têm usado de sua beleza para faturar muito dinheiro e obter uma renda, tal como Saimon, adocicando a receita com seu toque especial de prazer e exibicionismo. Esse é o caso de Diego Motta, ou Smorphing – sua marca registrada nas redes.

Desde os 18 anos, Smorphing tem produzido conteúdo sensual para seus seguidores. “Sempre gostei de brincar nesse sentido, postar foto sem camisa, foto de cueca”, contou ele. Com a quarentena, veio o momento de unir o útil ao agradável. Em apenas dois meses nas plataformas de venda de conteúdo, focando nas estratégias de marketing e divulgação, o rapaz de 28 anos conseguiu arrecadar aproximadamente 14 mil reais. 

Saimon, com seus 300 mil seguidores, já alcançou um número ainda maior. Com cerca de um ano de trabalho com suas nudes, o jovem adquiriu uma série de coisas, incluindo seu primeiro apartamento – tudo à vista. “Eu era um jovem que, até então, vivia com 50 reais do meu avô, porque ele me dava 50 reais por semana. Então, do dia pra noite, receber 30 mil reais foi uma loucura. Eu não acreditei”, ele revela, sobre um dos meses de maior sucesso no faturamento.

“Netflix” do conteúdo adulto

A matemática para esse resultado que salta aos olhos é simples. Tudo começa com um desejo exibicionista – a vontade e o prazer em se mostrar. A partir dessa volúpia, eles tiram suas roupas, peça a peça, deixando a mostra o bem primário que a natureza lhes deu: sua beleza. 

Na sequência, eles colocam a mão na massa e fazem o que preferem fazer no dia. Smorphing se sente mais à vontade ao sentar-se na sua cama e curtir a si mesmo com os “vídeos solo” – aqueles nos quais se masturba em frente às câmeras. No entanto, ele também grava com pessoas que aceitem participar, assim como Saimon, expondo suas relações sexuais. 

Tudo isso fica disponível numa espécie de serviço de streaming adulto de cada “modelo” e os assinantes que pagam a mensalidade – em dólar – têm acesso ao conteúdo. “É como se fosse a Netflix. ‘A nova temporada de não sei o quê tá postada’. Posta o conteúdo primeiro, faz a propaganda, daí o pessoal vai e entra na plataforma”, explica Saimon.   

Sorte no jogo, problemas no amor

A fórmula sedutora do sexo, do dinheiro e da fama seria uma química perfeita, não fosse o lado corrosivo de tudo isso. Toda essa exposição já causou muitos danos e problemas nos relacionamentos daqueles que optam por isso, como revela Matheus (que também preferiu não revelar seu sobrenome). “Me relacionei com três pessoas desde que comecei e elas aceitavam o que eu fazia, mas em algum momento todas se distanciaram. Eu mesmo me distanciei por não estar me sentindo confortável com o que eu tava fazendo”, conta.

O rapaz, de Ribeirão Preto, também entrou nas plataformas por uma questão financeira, além do gosto pela exposição. Mas, assim como todos eles, ele acredita que esse trabalho interfere muito nas relações – o que o já deixou reflexivo em muitas ocasiões. “Às vezes bate o medo de estar perdendo pessoas que você poderia ter uma relação, um namoro, uma amizade incrível”, adicionou ele, que ainda teme que sua família tenha acesso a esse “lado oculto” de sua vida.

Apesar de não ter receios quanto à família, por ter rompido os vínculos com seus familiares, Smorphing sentiu algumas amizades alteradas após o início do seu trabalho virtual. “Tem pessoas que se afastaram, ficaram mais frias depois que souberam dessas questões. Mas eu sei que cada um tem sua cabeça, tem sua mentalidade, né?”. 

Um outro personagem, identificado apenas como “Surfista MLK” nas redes, relatou a mesma situação no quesito relacionamentos. “Interfere só quando eu quero ter um relacionamento amoroso com alguém. Mas eu não escondo da pessoa o que faço, odeio mentiras e então isso passa a ser um motivo de insegurança”, disse o carioca. Na vida de Saimon, não foi nada diferente. “Muitas pessoas se afastaram de mim e muitas começaram a me olhar como se eu fosse um demônio”, lembra o rapaz. 

Contudo, Saimon não esperou que sua família descobrisse seu trabalho por conta própria – ele mesmo abriu o jogo. “Olha, mãe, eu trabalho na Internet, basicamente eu mostro tudo na Internet. A senhora não pode falar absolutamente nada, porque a senhora não me ajudou em absolutamente nada e a vida é minha. E foi isso”.  

Essa abertura, inclusive, serve como uma das motivações para que ele não se importe com as críticas. “Eu ponho na minha cabeça assim: se as minhas amizades, a minha  mãe e toda essa galera que fala mal de mim começar a pagar as minhas contas, eu ligo. Mas enquanto eles não pagarem, não ligo”, respondeu ele.

Do lado de fora da Internet – Receios profissionais

Saimon “Roscariano”, de apenas 19 anos, soma 300 mil seguidores e é um dos maiores nomes nas plataformas de conteúdo adulto autônomo. Fotos: Reprodução. Instagram.

Para muitos, é incogitável ter sua intimidade exposta de tal forma sem que sua carreira profissional seja abalada. Nesse quesito, os modelos têm opiniões distintas. Smorphing, por exemplo, não imagina que sua carreira na Educação Física sofrerá qualquer problema por seu trabalho na Internet. 

“Não acho que tenha problema profissional, até porque eu não sei até quando vou ficar fazendo isso. Também conheço vários professores, amigos meus das minhas redes, que também produzem conteúdo sensual na internet e levam isso na boa”, relatou ele. Em todo caso, ele considera: “Mas eu não faria nada que fosse me prejudicar, ou mesmo prejudicar alguém”.

Por outro lado, ser um modelo do OnlyFans foi o que fez Saimon trancar sua graduação em Direito. “Nunca poderia ser um advogado, o que é bem triste”, refletiu o manauara. Havia o receio de que seu conteúdo pornográfico se voltasse contra ele. “Chegaram a falar pra mim que se eu chegar num júri popular, alguém poderia dizer: ‘O rapaz aqui trabalhava com isso’, e mostra uma foto minha pro juiz”, recordou. 

E como fica a saúde mental?

Com tantas questões para se levar em conta, o que fica para trás, muitas vezes, é a saúde mental – que pode acabar fragilizada. Matheus já encarou um período desses, em que acabou deprimido por conta dessa nova vida, recorrendo até mesmo às drogas como um escape. “Já tive alguns problemas com ansiedade, alguns momentos até com certas drogas que eu acabei exagerando”, confessou o paulista.

Seu conflito interno foi causado pelo contraste do lado negativo desse trabalho com os benefícios da coisa. “Ao mesmo tempo tem a vontade, a grana, a fama. Aumenta sua redes de contatos e isso é legal. Então, esses dois extremos se conflitam bastante. Só que em alguns momentos, mais pra frente, pesava”, lembrou.

Quando esteve nessa situação, Matheus passou a enxergar seu estado com clareza: “Foi bom eu ter essa queda e pensar: ‘Para com isso, não tá legal a questão de algumas drogas’. Eu tô com algum conflito aqui na minha cabeça e tô descontando em outra coisa”. 

No caso de Saimon, sua relativa fama trouxe um relacionamento tóxico e abusivo, que o levou à depressão. “Ele me drogava para que as pessoas soubessem que ele estava comigo. Isso deu vários problemas. A minha mãe enlouqueceu. Saí do Twitter… Eu já estava enlouquecendo, tinha vários problemas, mas eu não tinha coragem de ir num psicólogo pra me tratar”, comentou.

A princípio, o jovem não se cuidou. Foi apenas outro relacionamento que o levou a prestar atenção na sua saúde mental. “Só fui me cuidar quando conheci outro cara. A gente começou a sair e ele falou que ia me ajudar. Foi meio que uma forma de segurar pra eu não cair mais”, disse Saimon, que hoje em dia, já superou essas questões. “Minha saúde mental tá ótima, não acho que tenha alguma coisa que ainda me abale. Acho que ainda não nasceu. Se a pessoa me atingir de alguma forma, vou correr atrás de um psicólogo”, avaliou ele. 

Matheus, por sua vez, ainda vem tentando lidar com sua exposição. “Tô tentando pegar esse pensamento da coisa mais natural, que é só um corpo, e amanhã todo mundo esquece. É que eu vivo numa sociedade que não tem esse mesmo pensamento que o meu, essa naturalização do corpo. Então tenho que entender isso, nem todo mundo vai respeitar e olhar com os mesmos olhos”, lamentou. 

O fim da indústria pornô tradicional?

Apesar de ficarem nus em frente às câmeras, terem centenas de fotos e vídeos excitados e sem roupa, e até mesmo exibirem relações sexuais para seus fãs assinantes, nenhum deles se considera um ator pornô. “Acho que é mais um webstripper”, brincou Matheus. Porém, quase todos os entrevistados avaliariam ingressar nesse ofício, desde que houvesse uma boa proposta – no sentido financeiro. “Já recebi muitas propostas, mas não tenho interesse por enquanto. Já quase aceitei fazer com uma produtora muito famosa, mas ainda estamos negociando”, revelou o Surfista. 

Saimon recebeu até mesmo propostas internacionais, mas optou por empreender na sua própria autonomia. “Eu me considero um exibicionista, que trabalha pela internet e apenas isso. Não quero título. Cheguei a sentir como seria trabalhar numa produtora, produzindo, produzindo, produzindo. Não gosto muito – pra mim. Não sou uma pessoa que gosta muito de ser mandada. Eu sou o meu próprio chefe. Eu que tenho que verificar, que tenho que fazer”, explica.

Smorphing não apenas concorda, como ainda vai além. Para ele, a indústria do pornô tradicional está praticamente falida. “Eu acho que a forma tradicional do pornô vai morrer. As pessoas estão cada vez mais interessadas num conteúdo mais customizado, mais do jeito que elas querem”, ressaltou o rapaz, referindo-se também à rotina de trabalho exaustiva de tais empresas. Assim como ele, os rapazes também prezam pela independência e liberdade na hora de produzir. 

Do lado de fora da Internet – Propostas para prostituição

Devido ao conteúdo explícito que postam nas redes, não raras são as vezes em que esses jovens influencers de conteúdo pornográfico são “confundidos” com garotos de programa. “Acontece todo santo dia”, revela Saimon. Entretanto, eles não veem um tabu na prostituição. “A maioria das pessoas têm um tabu com a questão dos acompanhantes. Mas eu nunca vi como ofensa. Ser garoto de programa não tem nada demais”, disse o Surfista MLK sobre as comparações.

Saimon, todavia, confessou já ter feito programas antes de começar a trabalhar com as plataformas virtuais – por volta dos seus 18 anos. “No começo, quando eu estava procurando dinheiro, eu cheguei a fazer GP [garoto de programa]. É uma coisa que eu não vou esconder pra ninguém.” 

Atualmente, com seu alto faturamento mensal, ele não aceita mais as propostas que recebe. “Sempre tento mostrar pras pessoas, ‘Gente, eu não tenho por que transar por dinheiro. Se a pessoa for real, bacana, não precisa do dinheiro’”, citou o amazonense.

Matheus deixou claro: “Nunca digo nunca, não”. Contudo, ele só aceitaria uma proposta dessas com uma condição. “Se eu topasse fazer isso, seria algo totalmente financeiro. Se for algo que compense muito pra mim. Não costumo me colocar em situações que eu sei que vou ficar desconfortável”, afirma o rapaz de Ribeirão Preto.

Smorphing seguiu o mesmo raciocínio. “Depende não só do que eu ganharia financeiramente, mas se eu sentiria prazer na questão. Depende da pessoa. Porque não adianta nada eu estar ali na situação e não me sentir atraído, interessado”, considerou o futuro educador físico, que acrescentou que “não tem problema nenhum” com a questão.

O lado corrosivo da exposição

Por conta da persona sexual de Roscariano, Saimon teve de abrir mão de algumas coisas na vida, além da faculdade. “Você não pode postar sobre sua família, porque as pessoas vão tentar chegar até eles e você de alguma forma. Você não pode mais se expor como antes. Por exemplo, eu não posso mais falar de política, porque senão posso sofrer ataques dos dois lados, o que é uma coisa bem chata”, avaliou. 

Sem falar nas fofocas e boatos que acabam surgindo. “A pessoa fica muito mal falada. Falam coisas que nunca aconteceram sobre mim, sobre eu ter roubado pessoas, ou até mesmo de ter doenças, entre outras coisas. Sabe, as pessoas perdem o tempo para isso”, acrescenta Saimon.

Até a vida amorosa é um potencial para problemas. “Não posso namorar ou ficar com qualquer pessoa, porque é bem perigoso. Principalmente nessa área, porque as pessoas vão chegar só pelo dinheiro, pela fama”, ele menciona. Além disso, a produção de conteúdo é outro empecilho. “[É difícil] encontrar uma pessoa que aceite que você transe com uma pessoa diferente – de repente duas, três – e não sentir nada. É por isso que eu nunca me envolvo tanto”, confessa o manauara.

Matheus também recomenda que a pessoa tenha muita certeza antes de topar essa empreitada: “Você tem que ter uma coisa na cabeça: ‘É isso o que eu quero? Realmente gosto de fazer isso?’. Então vai. E se empenhe nisso”. Isso porque, para ele, a exposição pode ser um caminho sem volta. “Para algumas pessoas, dependendo do seu nível de exposição, não tem mais volta. Amanhã ou depois, vai cair no esquecimento. Mas seja certo de que é isso mesmo que você quer e cuide bastante da saúde mental”, ele indica, também ressaltando a importância de não perder o momento particular do prazer.

Diego Smorphing, de 28 anos, defende que a indústria pornográfica tradicional está chegando ao fim. Fotos: Reprodução. Instagram/Twitter.

Apesar dos pesares…

Mesmo com tudo isso e de todos os conflitos internos, eles têm optado pelos prós. “Não vou ficar falando mal. Porque dá um retorno legal, você conhece muita gente, tem muita proposta. Questão de autoestima, gente dando em cima de você, muita mensagem. É gostoso”, reconhece Matheus. 

“Eu tô nessa mais pela emoção, pela diversão. Não sei o que vai ser, se vou continuar, parar ou ir pra outra área. Mas, por enquanto, eu tô nisso, tô me divertindo, apesar de todo o conflito interno, com as pessoas, com o relacionamento, com o namoro. Acho que eu tô aprendendo bastante com isso”, adicionou o paulista.  

Surfista também agradece por toda sua exposição, que o possibilitou ter novas oportunidades e novos contatos. “Sou muito grato por cada um que desde o início fez parte dessa loucura e permitiu que eu transmitisse um pouco da minha alegria”, declara o carioca, falando do amor por seus assinantes. Assim como Smorphing: “Gosto muito de conhecer as pessoas. Tem muita gente que gosta só da ‘putaria’, mas tem muita gente ali que quer me conhecer, gente que eu até falo por WhatsApp”. 

Quanto a isso, Saimon também foi bastante sincero. “Os benefícios são: dinheiro, um pouco da fama, um Twitter cheio, várias propostas, viagem, tudo de bom, tudo que é bacana, pessoas inteligentes, algumas pessoas burras”, analisou ele, divertindo-se com a questão.

Mas, sem dúvidas, o retorno financeiro e tudo que isso lhe proporcionou, como a mudança de vida em Manaus, são um dos pontos altos da narrativa desse jovem ambicioso e determinado. “O dinheiro é muito bom, então me inspira na verdade a querer trabalhar mais. É aquele ditado: dinheiro na mão, calcinha no chão.”

Mente aberta e muitos sonhos 

Quanto ao futuro, não há nada definido ainda, mas Matheus tem uma certeza: “Em algum momento da minha vida eu vou querer parar. Isso eu sei”. Enquanto isso, o rapaz analisa se vai se especializar numa carreira na área bancária, ou se pretende se desenvolver em outro setor. “Não vou dizer que vou abandonar, porque eu não sei o dia do hoje e do amanhã. Não sei se eu vou precisar”, ressaltou.

Mas por trás das nudes e do constante “tesão”, esses jovens ousados guardam muitos sonhos na mente. “Sempre fui muito sonhador”, definiu Matheus sobre si mesmo. Saimon, por sua vez, sonha em se tornar um dublador algum dia. “Um grande sonho mesmo é entrar na área da comunicação, da dublagem. Tentar me desvincular da imagem de Roscariano”, revelou ele.

Além disso, o amante da literatura também almeja alcançar uma estabilidade financeira e, claro, garantir sua permanente ascensão social. “[Um sonho] é ser bem rico. Hoje em dia não me considero rico. Eu só sou uma pessoa que tem uma vida boa. Só me sentiria rico no dia em que meu dinheiro trabalhasse por mim”, confessou Saimon.

A quarentena por conta do coronavírus reprimiu todos esses sonhos nas quatros paredes de suas casas. Contudo, eles não têm dúvida de que, quando isso acabar, continuarão buscando atingir seus objetivos e desfrutando de tudo o que veio com a fama, o dinheiro e sua sensualidade.

Enquanto isso não acontece, Roscariano, Diego Smorphing, Matheus e o Surfista MLK seguem faturando e agradando seus milhares de fãs pelas redes sociais. Numa rápida busca pela web, é possível encontrá-los por aí. Em meio às propostas inusitadas, incertezas e inseguranças, no final do dia, todos eles deitam a cabeça no travesseiro e sentem o gostinho do que seu sex appeal pode lhes proporcionar. O prazer é todo deles…

Por Gabriel Bastos
gabriel.bastos@usp.br